domingo, 22 de janeiro de 2012

A coroa de rosas

 ´´Ponham uma coroa de rosas, encham o bolso de flores; Atchim! Atchim! Todos nós caímos...``


 Inocentemente, as crianças da Europa continental cantaram ao longo dos séculos, uma canção de embalar eivada as mais sinistras sugestões. A canção nasceu nas ruas de Londres em 1665, durante uma epidemia de peste. A coroa de rosas representava as manchas vermelhas e erupções que apareciam na pele das vítimas. A advertência encham o bolso de flores relacionava-se a uma antiga crença de que os maus cheiros eram o bafo venenoso dos demônios pestilentos, que poderiam ser afastados com ervas e flores. Todos nós caímos... se referia a milhares e milhares de pessoas que doentes, caiam mortas.
  Brincando entre serpentes - Ficção




  Conduzido pela mão ele foi rumo ao inferno, o menino foi escolhido e aos doze anos de idade levado. A imagem de seus pais imóveis no chão sem vida, assassinados já lhe dava um pequeno resumo do que o esperava no abismo. As artes negras, lá lhe foram ensinadas até a exaustão, e a dor profunda o consumia. Ele ouvia de sussurros nas sombras, quando não estava surdo pelos próprios gritos, que seu destino deveria ser grandioso. Ele era precioso para um certo rei, que todas as criaturas das profundezas temiam e curvavam-se, o menino seria grande um arauto para a chegada de uma entidade poderosa e cheia da mais primária maldade. Que desejava, ansiava dominar os homens, corromper um por um. Somente para os destruir logo em seguida, o menino seria seu mensageiro espalhando a perdição pelo mundo com seus poderes maravilhosos. Essa criança tinha um destino traçado pelo pai da mentira. Ele deveria ser sua obra mais perfeita, seu ante Cristo. Mas antes desse plano tão bem traçado ser posto a prova, a criança foge. O demônio então enlouquece, querendo desesperado saber quem ajudou a criança a escapar, quem o traiu! E  aos berros o inferno clamava: ´´Lilith sua amante, Lilith a Lua Negra, Lilith o animal negro o traiu, infectou a criança e a devolveu para a Terra``.  
   E agora o menino está livre, porem perdido em uma imensa cidade populosa. A noite é chuvosa então ele se encolhe sozinho deitado na calçada fria, porem livre do fogo e longe da tortura.  Quando o dia amanhecer ele irá partir cambaleante em busca de um abrigo, e um lugar seguro, já que a rua não é segura! Pois o menino bem sabe, que o pai da mentira não vai desistir dele, e mandará outros em seu encalço. E ele também sabe que aquela mulher demônio o libertou por algum motivo, pois nada vem de graça dos monstros do hades, suas veias queimam e sua sede aumenta. Mas ele precisa se esconder, e fugir, dos demônios furiosos que virão. 


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